Projeto Político Pedagógico
Conheça o CIEJA Perus 1 e seus objetivos educacionais e sociais para a comunidade.
Conheça nosso projeto pedagógico
O CIEJA Perus 1 é dedicado a informar e compartilhar seu projeto político pedagógico, promovendo uma educação inclusiva e de qualidade para todos os alunos da comunidade.
2. DADOS DA REGIÃO, HISTÓRICO E FUNCIONAMENTO DA UNIDADE EDUCACIONAL E SUA ARTICULAÇÃO NO TERRITÓRIO
2.1. HISTÓRICO E PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DOS CIEJAS DA CIDADE DE SÃO PAULO
No início da década de 1990, a Secretaria Municipal de Educação organizou um Projeto diferenciado de educação, direcionado para certo segmento da sociedade: jovens e adultos/as, ou seja, jovens acima de quinze anos que não podiam frequentar escolas em horário pré-fixado e que pretendiam completar a escolaridade.
Com essa intenção, o Decreto do Executivo Municipal, n° 33.894, de 16 de dezembro de 1993, criou os Centros Municipais de Ensino Supletivo (CEMES), para oferecer Ensino Supletivo, nas modalidades Suplência I e II, Suprimento e Qualificação Profissional, por meio da educação à distância.
Adotou ensino personalizado e atendimento de acordo com o ritmo de aprendizagem individual num processo dinâmico e flexível, configurando-se numa forma alternativa de oportunizar escolarização aos jovens e adultos que não frequentaram os espaços escolares ou por algum motivo, deles foram excluídos.
Por meio de horários flexíveis e frequência diária não obrigatória, o que permitia ao/à estudante se debruçar sobre os estudos nos seus momentos disponíveis, as exigências da carga horária de cada disciplina se cumpriam por meio dos conteúdos condensados em fascículos denominados “Unidades de Estudo”. Submetidos às avaliações que garantiam promoção para módulos posteriores, os/as educandos/as contavam com intervenções pedagógicas para esclarecimento de dúvidas, ou seja, havia um plantão diário de dúvidas.
Um dado relevante e merecedor de comentário é que, a flexibilidade de horário dos/das estudantes gerava espaços para reflexão dos/das educadores, que às sextas feiras, reuniam-se com a equipe pedagógico-administrativa e discutiam questões relativas às dificuldades de aprendizagem, adequação dos horários de atendimento, impossibilidades de comparecimento impostas pelas responsabilidades de trabalho, que inegavelmente eram priorizadas.
O processo de avaliação dos CEMES ocorreu em fevereiro de 2001, por meio de discussão entre os diversos profissionais envolvidos – representantes da Equipe de DOT EJA, da Equipe Pedagógica dos Núcleos de Ação Educativa (NAEs), Coordenadores/as dos CEMES e educadores/as em exercício nestes Centros. Tal processo revelou a necessidade de mudanças na concepção e no funcionamento dos Centros. A SME criou então um Grupo de Trabalho (GT) encarregado de propor alternativas à situação. Em 2002, após o término dos trabalhos do Grupo, elaborou-se o documento que deu origem aos atuais CIEJAs. A partir de 2003, iniciou-se a construção do novo currículo dos CIEJAs, pautado num processo educacional de acordo com os avanços e necessidades do momento histórico, que se caracterizava pela proposição de “integração curricular” entre as áreas do conhecimento e a articulação da educação profissional, ou seja, além de formação para cidadania, visava qualificações profissionais básicas para construção de competências essenciais para inserção no mundo do trabalho e da cultura.
Desde então, o processo educativo desenvolvido no CIEJA prioriza a aprendizagem com autonomia, a vivência de desafios e resolução de problemas em situações diversas, ou seja, um aprender pautado no pensar e agir e, neste caso, o educando como construtor ativo de seu processo de conhecimento, descartando a transmissão de um saber pautado de forma vertical.
Nesta direção, se respalda em projetos extraclasse que almejam o desenvolvimento de competências que extrapolam os mecanismos de leitura e escrita, pois visam capacidades de ler e interpretar o mundo, e para tanto utiliza todos os recursos disponíveis, como, os da informática que tanto contribuem para o alargamento das fronteiras e visões do mundo globalizado.
Em 2005, consoante com orientações de DOT, os CIEJAs adotam o Itinerário Formativo de Informática, com Qualificação Profissional em Nível Básico. Em 30/11/2006 foi constituído novo Grupo de Trabalho para revisão e reescrita do Projeto CIEJA. Era composto por Equipe da SME/DOT/EJA, Supervisor de Ensino e Coordenadores Geral dos 14 Centros. Esse Trabalho foi finalizado em dezembro de 2006. Em 2007, com o início das reuniões para propor a Reorganização da Educação de Jovens e Adultos/SP, o projeto CIEJA reescrito aguardou momento adequado para ser apresentado.
Em 2008 com implementação da reorganização da EJA, o projeto CIEJA volta a pauta com SME/DOT/EJA, supervisores de Ensino e Coordenadores do Centro para que fossem efetuados novos ajustes que julgassem necessários.
Na Constituição Federal de 1988, em seu Artigo 205º temos que “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
Nos CIEJAs segue-se então a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), sancionada em 20/12/1996, com vistas a garantir o acesso e permanência de todos na escola, inclusive para aqueles que não os tiveram em idade própria, conforme os Artigos 37 e 38:
Artigo 37 – A Educação de Jovens e Adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria.
§ 1º - Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos
adultos, que não puderam efetuar os estudos em idade regular,
oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características
do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante
cursos e exames.
§ 2º - O poder público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência
do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares
entre si.
Artigo 38 - Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos,
que compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao
prosseguimento de estudos em caráter regular.
§ 1º - Os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão: I - no nível de
conclusão do ensino fundamental, para os maiores de quinze anos;
II - no nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de dezoito anos.
§ 2º - Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por
meios informais serão aferidos e reconhecidos mediante exames.
Mas a lei, por si só, não garante a inclusão e a permanência dos/das jovens e adultos/as na escola. É preciso vontade política para reverter o atual quadro de exclusão de jovens e adultos/as e atender a demanda real apontada pelos órgãos responsáveis nos termos do artigo 5º da LDB, parágrafo 1º, no item 1:
Artigo 5º - O acesso ao ensino fundamental é direito público subjetivo,
podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária,
organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída,
e, ainda, o Ministério Público, acionar o Poder Público para exigi-lo.
§ 1º - Compete aos Estados e aos Municípios, em regime de colaboração,
e com a assistência da União: I - recensear a população em idade escolar
para o ensino fundamental, e os jovens e adultos que a ele não tiveram acesso;
Bem como em seu artigo 39, a LDB trata das diferentes formas de educação, dando a possibilidade do educando egresso no ensino fundamental ter o acesso à educação profissional de forma integrada. Artigo 39 - A educação profissional, integrada às diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia, conduz ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva.
Parágrafo único. O educando matriculado ou egresso do ensino fundamental, médio e superior, bem como o trabalhador em geral, jovem ou adulto, contará com a possibilidade de acesso à educação profissional.
A compreensão dos elementos e concepções referentes ao mundo do trabalho é tarefa, tanto por parte do educando como do professor. Essa compreensão se torna fundamental para que ambos construam juntos oportunidades para participação efetiva no mundo do trabalho, pensando em seu significado para a sociedade.
A articulação entre a educação geral e a educação profissional básica, fundamentada na interdisciplinaridade, na dialogicidade e na interação grupal, permite a unidade do presente projeto, contribuindo para que o jovem e o adulto retomem seu potencial, confirmem competências adquiridas na educação extraescolar e na própria vida.
O Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos PERUS I (CIEJA PERUS I) foi criado em dezembro de 2015, atendendo a uma antiga aspiração da comunidade local e a uma imensa demanda da região de reparação e oportunização de estudos de Ensino Fundamental para jovens, adultos/as e idosos/as.
O CIEJA PERUS I localiza-se na jurisdição da subprefeitura de Perus, na Rua Francisco José de Barros, 160/166, sendo essa rua acessível pela sua proximidade ao comércio local, à estação de trem e aos pontos de ônibus situados na Av. Dr. Sylvio de Campos e na Rua Mogeiro, que fazem parte do itinerário das linhas de transporte coletivo mais utilizadas no bairro.
Em relação aos equipamentos de saúde e assistência social nas proximidades do CIEJA PERUS I, a comunidade escolar tem acesso à UBS (Unidade Básica de Saúde), ao CAPS (Centro de Atenção Psicossocial e Adulto) infantil e adulto, ao CECCO (Centro de Convivência e Cooperativa), ao CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) e ao CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social). Há também equipamentos destinados à proteção especial, como o Centro de Convivência das Mulheres (CCM), o Centro de Convivência Intergeracional (CCINTER).
Foram estabelecidas várias parcerias de trabalho entre essas unidades e o CIEJA PERUS I. Especificamente com o CAPS são realizadas reuniões em comum para tratar de casos de alguns/algumas estudantes que estão sendo atendidos/as, bem como são realizadas oficinas oferecidas pela equipe multidisciplinar aos/às usuários/as desse equipamento nos espaços do CIEJA. Há também reuniões da equipe da saúde no espaço da unidade educacional, sediamos e participamos das reuniões intersetoriais, com a saúde e meio ambiente (PAVS – Programa Ambientes Verdes e Saudáveis), tendo em vista discutir a questão do lixo na região e mobilizar ações em parceria, por meio do Projeto “Recanto Limpo e Saudável”. Também fazemos parte da RESAPE (Rede Socioassistencial de Perus) que congrega vários desses equipamentos e que realiza reuniões mensais, boa parte delas no prédio escolar do CIEJA. Com o CRAS e CREAS há também reuniões em comum e contato constante para compartilhar situações e planejar encaminhamentos de casos de extrema vulnerabilidade social e de violência doméstica, bem como são planejadas ações conjuntas para o atendimento específico dos/das migrantes haitianos/as.
Quanto aos equipamentos de cultura e lazer atualmente a região conta com um Centro Educacional Unificado (CEU PERUS) que articula os equipamentos públicos educacionais da Educação Infantil e do Ensino Fundamental aos dedicados às práticas esportivas, recreativas e culturais. Possui quadra poliesportiva, teatro/cinema, playground, piscinas, biblioteca, telecentro e espaços para oficinas, ateliês e reuniões. Os espaços são abertos nos finais de semana visando beneficiar a comunidade do entorno.
Há também no território o CEU Parque Anhanguera (distrito Anhanguera) e um parque público com uma grande área verde, chamado Parque Anhanguera.
O bairro de Perus conta também com vários equipamentos culturais importantes para a comunidade, como a Biblioteca Padre Anchieta, a Quilombaque, a Ocupação Canhoba e o Teatro Pandora, a casa do Hip Hop, o Centro da Juventude dentre outros equipamentos com os quais o CIEJA realiza parcerias e nos quais, muitas vezes, são realizadas atividades curriculares e extracurriculares com os/as estudantes.
Por fim, em se tratando dos equipamentos educacionais, em parceria com o CIEJA PERUS I, os/as estudantes estão sendo motivados/as a procurar os cursos profissionalizantes da ETEC do bairro de Perus, do Instituto Federal de Pirituba, bem como de prosseguir seus estudos em nível médio nas escolas estaduais e realizar provas federais para certificação, como o ENCCEJA. Porém, nota-se que as escolas da região ainda não conseguem atender a grande demanda de vagas que há para esse segmento, principalmente para a Educação de Jovens e Adultos no Ensino Médio. A demanda gerada pelo CIEJA principalmente para a EJA de Ensino Médio não consegue ser plenamente atendida na rede estadual. Os/as estudantes que precisam frequentar a escola durante o dia não encontram nenhuma opção para prosseguir estudos no território, para além do curso médio e técnico em administração do Instituto Federal de Pirituba.
A criação do CIEJA PERUS I em dezembro de 2015, com início das atividades letivas em fevereiro de 2016, deu-se a partir da constatação do elevado índice de analfabetismo jovem e adulto na região e da alta taxa de evasão escolar, principalmente a partir do Ensino Fundamental II. As pesquisas mais recentes indicam que existem por volta de 3 milhões de pessoas acima de 15 anos que não conseguiram concluir o Ensino Fundamental, número extremamente expressivo, com concentração nas periferias da
cidade de São Paulo, o que indica que as políticas de reparação de direitos precisam estar concentradas nessas localidades. Aos poucos o CIEJA passou a ser conhecido na comunidade como uma possibilidade de conquista da alfabetização e da conclusão do Ensino Fundamental. No momento atual, início do ano letivo de 2023, conta com mais de 800 estudantes matriculados/as, distribuídos nos seis períodos de funcionamento, dois matutinos, dois vespertinos e dois noturnos.
Um dos diferenciais do atendimento, que foi sendo planejado e implantado conforme a demanda surgiu a partir de 2016, é o atendimento à comunidade de imigrantes haitianos/as que chegam ao Brasil e se estabelecem também no distrito de Perus, principalmente no bairro do Recanto dos Humildes. O currículo e a organização escolar foram repensados a partir da demanda dessa população imigrante, que já é mais que a metade do número total de estudantes da escola atualmente (por volta de 60%) e que representa um dos maiores grupos de imigrantes no Brasil nas últimas décadas. Segundo o Relatório Anual de 2019 para Imigração e Refúgio, os três maiores grupos de imigrantes e refugiados/as que entraram e residem no Brasil são os/as venezuelanos/as, os/as haitianos/as e os/as colombianos/as. Além do grande número de estudantes haitianos/as, o CIEJA Perus I também tem estudantes bolivianos/as e paraguaios/as e já atendeu estudantes dominicanos/as, angolanos/as e burquinenses.
Cada vez mais o CIEJA Perus I se mostra integrado às demandas da comunidade do território e vai se tornando um referencial para o entorno, por intermédio da utilização de seu amplo espaço físico, com o oferecimento de palestras e diferentes atividades culturais, atividades de iniciação ao trabalho, bem como para a formação de professores/as, com a realização de cursos e oficinas, em parceria com a Diretoria Regional de Educação Pirituba/Jaraguá (DRE PJ) e com a Secretaria Municipal de Educação (SME). Segundo informações da DIEJA/SME, ainda no atual ano letivo de 2023, serão implantados no CIEJA Perus cursos profissionalizantes com apoio material e logístico da Secretaria Municipal de Educação, nos moldes dos CMCTs da cidade.
No atual momento contamos com duas salas de recursos para o atendimento às pessoas com deficiência (SRM), mas, necessitamos planejar a ampliação desse atendimento para três salas em 2024, dada a enorme procura de pessoas com deficiência jovens e adultas em nossa unidade escolar, bem como a parceria estabelecida com as residências terapêuticas da região noroeste.
Em 2017 foi implantada na unidade a Imprensa Jovem e Adulta, com programação diária de rádio escolar planejada e executada pelos estudantes, bem como documentação e veiculação das atividades realizadas, por meio da Rádio e da TV CIEJA. Esse projeto foi estendido para a comunidade surda em 2022 a partir de uma demanda apresentada pelos/as próprios estudantes e assim foi formada a Imprensa Surda na unidade escolar.
As instâncias colegiadas e participativas contam com a representatividade e a presença constante dos/das estudantes jovens e adultos e no ano passado, 2022 foi implantado o Grêmio Escolar “8 de março”, que se encontra em plena atividade, planejando e executando ações em consonância com as demandas estudantis e os princípios presentes nesse Projeto Político Pedagógico.
No CIEJA PERUS I todos/as os/as docentes participam dos horários da formação em serviço. Essa é uma prerrogativa de quem está designado/a para atuar em qualquer um dos Centros de Educação de Jovens e Adultos da rede municipal de ensino paulistana. Nessa perspectiva, todas as ações didáticas bem como os momentos de estudo são decididos coletivamente.
Na avaliação final do ano letivo de 2017, foi consensuado pelo coletivo docente que seria necessário realizar uma investigação aprofundada sobre o território de Perus, uma vez que a maioria das pessoas que compõem tanto a equipe docente quanto a técnica da unidade escolar não reside na localidade e que o bairro de Perus tem uma constituição geográfica singular, que deve ser melhor explorada até para que possa subsidiar as escolhas curriculares. Foi exatamente daí que nasceu a parceria entre o CIEJA PERUS I e o Núcleo de Estudos da Paisagem (NEP/USP).
Em função do projeto desenvolvido “O Haiti é aqui... em Perus” que recebeu o Prêmio Territórios Educativos, a equipe do CIEJA foi convidada a realizar uma apresentação em um congresso na PUC/SP no qual estava presente o prof. Dr. Euler Sandeville, fundador do NEP/USP. De um pedido de ajuda a esse importante pesquisador, que muito estudou o território de Perus, se delineou o projeto “Construção do Território e Território Vivido” do CIEJA PERUS I e NEP/USP, tendo como objetivo central gerar um conhecimento sobre a cidade e uma leitura mais consistente do território de Perus, o que significou, dentre outras iniciativas, estudar o território em suas dimensões históricas,
espaciais, políticas, econômicas e afetivas no ano de 2018, com aprofundamento em 2019.
Para que esse estudo conjunto ocorresse, foram planejadas ações formativas para a equipe do CIEJA PERUS I, planejadas de maneira conjunta e organizadas pela equipe do NEP/USP, tendo em vista uma regularidade e sistematização de estudos e reflexões que pudessem ter um impacto concreto a curto e médio prazo nas atividades curriculares e ações didáticas que são desenvolvidas cotidianamente na instituição, uma vez que a cidade sempre tem uma perspectiva educativa e é importante que essa dimensão chegue aos/às estudantes. Dentre os objetivos do TICP estão: a preservação do patrimônio histórico, cultural e ambiental; o estímulo a grupos, coletivos e à produção de rotas, circuitos e polos culturais nessas áreas, por meio de incentivos fiscais e urbanísticos; o incentivo à formação de agentes locais e o desenvolvimento de atividades educacionais sobre o território baseados nesses valores. Assim, além da preservação, procura-se evitar a descaracterização de paisagens que representam a história e identidade da cidade lendo- as integradas aos recursos naturais e culturais desta região.
Os estudos pertinentes a essa discussão ocorreram em vários momentos coletivos e um grupo de trabalho com estudantes foi criado, o que gerou uma série de dados de pesquisa durante 2019. Esses dados serão revisitados e atualizados agora em 2023, pois o momento pós-pandemia gerou uma nova configuração na comunidade escolar, que precisará ser novamente mapeada e analisada.
O aprofundamento da investigação sobre a natureza e a sociedade no território de Perus aconteceu também por meio de um curso de difusão que ocorreu ao longo de 2019 em parceria com o NEP/USP, as EMEFs Jardim da Conquista e Jairo de Almeida, o programa PAVS da Unidade Básica de Saúde e o CRAS, intitulado FORMAÇÃO PARA A CIDADE.
Já no período pós-pandemia foi decidido coletivamente que a ampliação da discussão sobre o território deveria se dar por meio de estudos nos momentos de formação (PEA e JEIF) a respeito da nossa formação étnico-racial, com ênfase nas questões indígenas e afro-brasileiras, uma vez que nos encontramos em território Guarani. Isso porque, de acordo com o Plano Diretor da cidade de São Paulo aprovado em 2014, o CIEJA faz parte da região em que se materializam as lutas do povo Guarani (TICP Jaraguá/Perus) bem como a população desse território é de maioria expressiva negra, fruto de um movimento migratório intenso e de exclusão social e econômica. Partindo do pressuposto que o racismo estrutura todas as relações sociais em nosso território, o viés antirracista orienta todas nossas escolhas e ações curriculares.
Sendo assim, essa configuração territorial e cultural tem de ser mais bem entendida por todos/as que compõem a unidade educacional para que se possa desenvolver a capacidade de repensar a cidade de maneira coletiva, tendo em vista construir um currículo significativo para a educação dos/as jovens e dos/as adultos/as. Isso implicará mapear e valorizar sempre, de maneira curricular, o modo de produzir a vida no território, para que todos/as os/as envolvidos no processo educativo possam entender o que as condições objetivas de quem vive em Perus revelam sobre a construção da cidade de maneira mais geral, como por exemplo, entender atualmente a leva migratória de haitianos/as para o Brasil, para São Paulo e para o bairro de Perus, que, no atual momento, entendem o espaço do CIEJA como um local importante de encontro de sua própria comunidade pós-migração.
Concretamente, após as primeiras análises da pesquisa realizada junto à comunidade do CIEJA Perus I em 2019 sabemos que a maioria dos estudantes que responderam ao questionário sobre as condições de vida em Perus são:
● Negros ou pardos;
● Mulheres;
● Trabalhadores/as que ganham entre 1 e 2 salários-mínimos.
Em função dessa configuração singular foram planejadas ações com os agentes do território e parceiros institucionais que estão ocorrendo desde então, quais sejam: - Encontros formativos com parceiros para articulação e atividades culturais com estudantes (Biblioteca, Quilombaque, CEU Perus, Movimento do território pela reapropriação da Fábrica de Cimento, Espaço Canhoba, etc.);
- Projeto “A História das mulheres passada à limpo nos muros de Perus” com o fomento da Clayss, em parceria com as unidades educacionais do Recanto dos Humildes e equipamentos e agentes de saúde comunitária presentes no bairro;
- Encontros de grupo de mulheres na Biblioteca Padre Anchieta, no CCM e em outros espaços como o próprio CIEJA, com a participação das educandas e professoras; - Grupo de trabalho em parceria com a UBS, com o PAVS, com o CRAS e CREAS para planejar atividades formativas para educadores/as e estudantes, com ênfase para o acesso dos/das estudantes migrantes às políticas públicas (semana de cadastramento e divulgação dos programas sociais na escola);
- Parceria com universidades públicas e privadas para a realização de projetos de extensão cultural e de propostas de estágio supervisionado; - Pesquisas de graduação, mestrado e doutorado desenvolvidas no âmbito do CIEJA;
- Grupo de estudos e discussões com a comunidade sobre as enchentes e barragens de Perus;
- Parcerias e contatos com outros agentes que potencializam o bom atendimento dos estudantes e ações formativas para eles e para a equipe geral, como a ONG Repórter Brasil e o CRAI (Centro de Referência e Apoio ao Imigrante).
- Parceria com a Pinacoteca do Estado para realização de visitas e ações formativas para estudantes com deficiência e comunidade escolar em geral;
- Planejamento constante de diferentes propostas didáticas tendo em vista os estudos
realizados no território e os conhecimentos construídos de maneira coletiva.
No atual ano letivo de 2023 para ampliar as discussões e melhor atender às demandas, estamos estudando nos encontros formativos do Projeto Especial de Ação os princípios da economia solidária, para podermos demandar ao poder público e provocar reflexões acerca da vulnerabilidade social de nossa comunidade e da precarização das frentes de trabalho e emprego.
O Projeto Político Pedagógico precisa considerar as utopias que nos movem nesse mundo e na educação. Sendo assim, esse documento representa as vozes e sonhos de todos/as que compõem a escola. Especificamente em relação aos/às estudantes dos diferentes períodos, brasileiros/as e migrantes, um sonho é verbalizado pela grande maioria: aprender a ler e a escrever de maneira competente, tendo em vista conseguir um melhor emprego e, consequentemente, mais qualidade de vida. Outros/as explicitaram seus desejos para além da alfabetização e do Ensino Fundamental, que é a etapa possível de ser realizada em nossa escola: cursar o nível superior (Pedagogia, Enfermagem, Gastronomia, etc.) e até se tornar político para poder trabalhar pela população. Muitos são os esforços coletivos realizados diariamente em nossa unidade escolar para que esses sonhos se concretizem.
Os CIEJAs fundamentam-se nos seguintes princípios:
I - Educação de Jovens e Adultos como direito, destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental;
II - Educação de Jovens e Adultos como direito, com resgate das funções: reparadora, equalizadora e qualificadora;
III - Educação voltada para o exercício da cidadania e para a solidariedade, a justiça social e a postura crítica frente à realidade;
IV - Educação ao longo da vida, visando a satisfação das necessidades básicas das aprendizagens dos jovens e adultos, de modo que possam alcançar patamares comuns de escolaridade, percorrendo trajetórias escolares distintas;
V - Educação que promova a relação, sem hierarquização e sem nenhum tipo de preconceito ou discriminação, entre pessoas com diferenças de cultura, etnia, cor, idade, gênero, orientação sexual, ascendência nacional, origem e posição social, profissão, religião, opinião política, estado de saúde, deficiência, aparência física ou outra diversidade.
FINALIDADES
Cada CIEJA é um Centro Educacional voltada à educação de jovens e adultos que, promove ações educativas e culturais, considerando as características específicas da população atendida, contemplando novas formas de ensinar e aprender e implementando um modelo, articulando o ensino fundamental com as demais demandas da comunidade. É conhecido e reconhecido como um espaço de aprendizagem, convívio, inclusão, lazer e cultura, bem como um centro de discussão sobre o mundo do trabalho e cidadania.
CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS
Os CIEJAs pretendem contribuir para o desenvolvimento de estudantes conscientes e participativos na sociedade em que estão inseridos, por meio do acesso ao conhecimento sistematizado e, a partir deste, à produção de novos conhecimentos, possibilitando a construção de saídas capazes de introduzir a lógica da solidariedade e da participação coletiva.
De Mundo
O mundo é o local onde ocorrem as interações entre os seres humanos,
caracterizadas pelas diversas culturas e pelo conhecimento. Devido à rapidez do processo de assimilação das informações e pela globalização, torna-se necessário proporcionar ao o alcance dos objetivos materiais, políticos, culturais e espirituais, para que sejam superadas as injustiças, distinções e divisões. Isto será possível se a escola também for um espaço que contribua para uma efetiva mudança social.
De Sociedade
Somos uma sociedade competitiva, baseada nas ações e resultados, por isso precisamos construir uma sociedade democrática, igualitária, reflexiva, crítica e inclusiva, fruto das relações entre as pessoas, caracterizadas pela interação de diversas culturas em que cada cidadão constrói a sua existência e a do coletivo.
De Ser Humano
O ser humano deve ser um ser social, voltado para o seu bem próprio, mas acima de tudo, para o bem estar do grupo do qual faz parte. O ser humano que modifica a si mesmo pela apropriação dos conhecimentos, modifica também a sociedade por meio do movimento dialético “do social para o individual e do individual para o social”. Com isso, torna-se sujeito da história.
De Educação
O processo educacional deve contemplar o ensino e a aprendizagem que ultrapasse a mera reprodução de saberes “cristalizados” e resulte em um processo de produção e de apropriação de conhecimento, possibilitando, assim, que o cidadão se torne crítico e que exerça a sua cidadania, refletindo sobre as questões sociais e buscando alternativas de superação da realidade.
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) possui uma especificidade na constituição de seu alunado, na qual se verificam algumas variáveis na busca do ensino formal, que vão desde a necessidade de inserção e manutenção do trabalho como a inclusão no mundo letrado e a satisfação de frequentar a escola. Dessa forma, notamos que os/as educandos/as da EJA apresentam um amplo universo de conhecimentos práticos e concepções advindas do senso comum e da sua vivência sobre diversos aspectos da realidade social, física e cultural e, por conta disso, a assimilação dos saberes escolarizados exigem uma proposta curricular própria. Inclusive, a proposta curricular deve considerar e incorporar os saberes prévios que os educandos trazem, como, por exemplo, no caso específico do território em que se encontra o CIEJA PERUS I, a história sobre a formação e o crescimento de Perus e as lutas locais, como a articulação dos movimentos por moradia e reivindicação de equipamentos públicos (educação, saúde, assistência social), a luta dos queixadas e sua resistência pacífica na maior greve operária da história do Brasil, a luta organizada pela saúde e ambiente que resultou na retirada do lixão de Perus.
A EJA deve ser entendida como uma educação ao longo da vida (DELORS, 1996), um processo contínuo de aprender a aprender, em que educandos/as e educadores/as interagem com os conhecimentos, incorporando-os em suas vidas. Tem caráter emancipatório e intenta desenvolver a leitura de mundo e a leitura da palavra (FREIRE, 1988), ambas competências essenciais para a participação autônoma na sociedade pós
moderna na perspectiva de poder exercer a cidadania ativa para a construção de uma sociedade igualitária.
O CIEJA abarca processo formativo de natureza diversa, cuja efetivação se dá na interação de uma variedade de grupos, de um lado o Estado, as organizações da
sociedade civil e o setor privado e, de outro, uma gama de sujeitos tão diversificados e extensas quanto são os representantes das camadas mais empobrecidas, idosos/as, trabalhadores/as, não trabalhadores/as, diversas juventudes, os/as internos/as penitenciários/as, as pessoas com deficiências, as donas de casa, entre outros, que compõem uma parcela excluída pela sociedade.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE EDUCACIONAL – CIEJA PERUS NA CIDADE DE SÃO PAULO
O Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos Perus I (CIEJA Perus I) é vinculado a Diretoria Regional de Educação de Pirituba Jaraguá, administrado pela Secretaria Municipal de Educação do Município de São Paulo (SME) e organizará todo o seu trabalho didático pelas concepções descritas neste Projeto Político Pedagógico, nos termos da legislação em vigor, tendo como foco o mundo da cultura e o do trabalho, no qual se expressa a articulação entre o Ensino Fundamental e a Qualificação Profissional Inicial, por meio do Itinerário Formativo em Informática, além do resgate da identidade, da autoestima e valorização pessoal, no processo de produção e acesso à cultura.
Assim, consideradas as dimensões éticas, sociais e políticas que a modalidade educativa contempla, prioriza-se, além do acesso e permanência discente, dar condições necessárias para a construção do conhecimento e possibilitar, por meio de ações pedagógicas o exercício da participação coletiva na perspectiva de uma educação cidadã, procurando garantir os direitos de aprendizagem dos/das jovens, adultos/as e idosos/as, das pessoas com deficiências, dos/das trabalhadores/as ou não, no contexto da cidade de São Paulo.
Pretendemos, por meio da flexibilização de tempos e espaços que o equipamento público CIEJA PERUS I tem promover um ambiente de diálogo e reflexão, elegendo boas propostas, visando promover o avanço reparador, equalizador e qualificador de um grupo específico e singular: diferentes juventudes, adultos/as, idosos/as e pessoas com deficiência em centros urbanos e suas periferias, como por exemplo, PERUS e suas adjacências, com raras oportunidades de cidadania.
O combate a todas as formas de preconceito ou discriminação, entre pessoas com diferenças de cultura, etnia, cor, diversidade (identidade) de gênero, orientação sexual, nacionalidades (imigrantes e refugiados), origem e posição social, profissão, religião, opinião política, deficiência ou outra diversidade é um dos eixos centrais desse PPP, que visa a conscientização do nosso território comunitário para o exercício pleno de uma vida em que se garantam os Direitos Humanos essenciais ao cotidiano, tanto quanto a qualificação para o mundo do trabalho, possibilitando assim combater o subemprego, o desemprego e a exploração que permeiam a população de baixa renda. Para tanto, aprender e ensinar com a EJA, cumpre desenvolvermos no cotidiano das nossas ações, a participação efetiva dos/das nossos/as estudantes na construção e compartilhamento de saberes capazes de impulsionar o protagonismo democrático e dialógico da nossa comunidade. O equipamento público CIEJA PERUS I tem o compromisso de realizar uma educação popular que valorize as inúmeras possibilidades de aprendizagem e de ensino, considerando as concepções em relação ao papel dos/das estudantes visando à transformação das mentalidades, consciências e atitudes no território em que se encontra. De acordo com o Documento Nacional Preparatório à VI Conferência Internacional da Educação de Adultos1(CONFITEA/ Brasil +6/ SECADI/MEC):
Nas cidades, a EJA é constituída predominantemente por jovens e
adultos residentes nas periferias. O mapa do analfabetismo e dos
sujeitos pouco escolarizados se confunde com o mapa da pobreza no
país, consequência do processo de exclusão social ocasionado pelo
sistema capitalista. Nas periferias urbanas, encontram-se indicadores e
situações humanas degradantes, dentre as quais: condições precárias de
moradia, de saneamento básico e de trabalho; equipamentos públicos
insuficientes, como postos de saúde, escolas, praças e áreas de lazer;
além dos crescentes índices de violência e desemprego (2016, p.74).
1Disponível em http://confinteabrasilmais6.mec.gov.br/images/documentos/documento_nacional.pdf. Acesso em 20 de janeiro de 2019.
Esse processo de exclusão social é uma das tristes marcas do território de Perus, percebida no cotidiano e analisada pela equipe por meio dos estudos sobre a “Construção do Território e Território Vivido”, em horários coletivos com a parceria do NEP/FAUUSP. Sendo assim, o CIEJA é um equipamento público presente nesse território que busca dialogar e atender a comunidade nas suas necessidades formativas, acolhendo a todos e todas que nos procuram diariamente em busca de acolhimento, diálogo, alimentação e conhecimento. No contexto atual pós-pandêmico temos percebido que muitas pessoas que foram brutalmente atingidas pela crise econômica do país, são desempregados/as e subempregados/as, coletores/as de materiais recicláveis, pessoas em situação de rua, entre outros, que são atendidos/as e respeitados/as como todos os cidadãos/cidadãs devem ser e passam a frequentar a unidade educacional, por meio de suas oficinas abertas, em busca de um convívio social saudável. Notamos que muitas dessas pessoas em extrema vulnerabilidade acabaram se tornando estudantes regulares da unidade escolar e estão vivendo um processo importante de resgate de sua autoestima, operando mudanças significativas no autocuidado e revalorização de suas trajetórias e buscas. Desta forma, como trabalhamos numa perspectiva freireana, acreditamos que estamos verdadeiramente construindo um equipamento público e um currículo com as classes populares, valorizando e estabelecendo vínculos reais de partilha e cooperação, pautados no diálogo horizontal entre todos os/as agentes do território.
Ao frequentar o CIEJA, nossa expectativa é que todos/as os/as jovens, adultos/as e idosos/as se tornem capazes de:
- Dominar instrumentos básicos da cultura letrada que lhes permitam melhor compreender e atuar na sociedade em que vivem, tornando-se sujeitos de sua própria história;
- Se incorporar ao mundo do trabalho com melhores condições de desempenho e de participação na distribuição da riqueza produzida;
- Ter acesso à formação continuada de forma autônoma, por meio da inserção no mundo do trabalho, bem como a outras modalidades de desenvolvimento cultural e da educação ao longo da vida;
- Valorizar a democracia, desenvolvendo atitudes participativas, conhecendo seus direitos e deveres como cidadãos atuantes;
- Aumentar a sua autoestima, fortalecendo sua confiança e sua capacidade de aprendizagem, valorizando a educação como meio de desenvolvimento pessoal e social; - Conhecer e valorizar a diversidade cultural brasileira, respeitando as diferenças de gênero, faixa etária, raça e religião, fomentando atitudes de não discriminação. - Reconhecer e valorizar os conhecimentos históricos e científicos, assim como a produção literária e artística como patrimônios culturais da humanidade;
- Exercitar sua autonomia pessoal com responsabilidade, aperfeiçoando a convivência em diferentes espaços sociais, dentre outras habilidades e competências escolares que são planejadas e desenvolvidas em consonância com o Currículo da Cidade.
FUNCIONAMENTO DAS RODADAS TEMÁTICAS
Para garantir o acesso e a construção dos direitos de aprendizagem, o CIEJA funciona em rodadas temáticas de aproximadamente 27 a 30 dias letivos, para cada área do conhecimento, a saber – rodada de Ciências e Matemática, rodada de Linguagens e Códigos e rodada de Ciências Humanas. Essa perspectiva interdisciplinar aproxima mais os sujeitos de seus objetos de conhecimento, na medida em que relaciona o tema escolhido com o cotidiano do/a estudante. Além disso, a rodada integra todas as matérias específicas dentro da área de conhecimento - Ciências Humanas, Ciências da Natureza e Matemática; Linguagens e Códigos - permitindo uma visão mais ampliada e menos dividida do objeto estudado.
Sendo assim, todas as salas passam pelas rodadas das três áreas durante cada um dos semestres letivos.
Cada rodada possui uma temática central, decidida de maneira coletiva, contemplando os objetivos específicos do CIEJA e do Currículo da Cidade (em relação à Priorização Curricular). O planejamento integrado das áreas é realizado nos horários coletivos, e registrado em instrumental próprio, para acompanhamento de todas as disciplinas e dos/das assistentes pedagógicos e educacionais.
As avaliações são planejadas pela área também e, ao final de cada rodada, os/as professores/as responsáveis se reúnem e fecham a média de cada aluno.
PRINCÍPIOS E FINALIDADES DOS CIEJAS NO MUNICÍPIO
Endereço
Rua Francisco José de Barros, 160 - Vila Inácio, São Paulo - SP CEP 05211-150
Horário
Seg. a Sex dás 7:30 às 22:50